A importância de um Fundo de Emergência em tempo de crise

Estamos numa altura em que seria importante de certa forma podermos antecipar dias difíceis, mas não temos os poderes mágicos que gostaríamos.

E é nestes tempos difíceis que faz sentido falarmos de Fundo de Emergência.

Ora e o que é um Fundo de Emergência?

É um montante em dinheiro que nos permite fazer face a eventualidades que possam surgir, mantendo o mesmo nível de vida.

É de facto fundamental acautelarmos momentos, que como o que estamos a atravessar, são difíceis e que podem ser uma grande ajuda, caso já esteja criado este Fundo de Emergência.

Muitas são as pessoas que não só não têm, como também não conseguem poupar, logo é importante aproveitarmos esta altura de quarentena, para analisarmos todos os nossos custos fixos e variáveis e vermos de que forma podemos, caso ainda não tenhamos, criar uma salvaguarda financeira.

Vamos aproveitar estes tempos para pensar em estratégias de como começar a criar o nosso Fundo de Emergência.

Ora muito bem, aqui vão três dicas:

1) Deve começar desde já a fazer contas à vida

Porque não aproveitar estes tempos em família e falar de dinheiro aprender como lidar com ele e a geri-lo? Sim, é uma boa altura para começar a analisar mais em detalhe quanto gasta mensalmente em custos fixos e variáveis e analisar para ver, se não está a ter despesas supérfluas.

Podemos fazer perguntas do género:

  • a) Qual o montante total das minhas responsabilidades mensais (seguros, créditos, etc.)?
  • b) Qual o valor que gasto em alimentação para a mim e para o resto da família?
  • c) E na educação, qual o valor das despesas de acordo com o agregado familiar?
  • d) Posso reduzir algumas despesas no meu orçamento familiar?

Entre outras.

Não estamos a falar de uma fórmula mágica, mas de algo de deve ser pensado desde já!

2) Crie o hábito de poupar

Comece com um valor pequeno por mês que pode muito bem colocar num mealheiro. Num mealheiro? Sim claro! Os adultos também podem e devem ter um mealheiro e como devemos nesta fase estar o máximo de tempo em casa, podemos aproveitar e criar um ou mais mealheiros em família, com o papel que temos em casa ou alguns restos de cartolina ou com plasticina e verniz das unhas para fixar. Tudo é possível com muita criatividade e imaginação e em família vão ver que se torna divertido! E claro desta forma também explicamos às crianças o porquê de estarmos a criar um Fundo de Emergência e o facto de ser tão importante.

3) Definir um montante ideal

Mas qual será? A minha sugestão passa por um valor correspondente a 6 salários líquidos, ou seja, se eu ganhar 1000€ líquidos o ideal passará por ter 6000€. Este valor pode ser criado por exemplo, canalizando um valor mensal do seu ordenado diretamente para uma poupança, de preferência que saia da sua conta exatamente no dia em que recebe, porque dessa forma já não conta com esse valor e os Bancos fazem isso de uma forma muito simples. Basta só definir o montante que quer dar como entrada inicial, o valor que quer colocar de lado todos os meses em função das suas possibilidades, definir o dia e já está! Atenção que estas poupanças permitem poupar montante baixos por mês como por exemplo 10€, também vamos obter rentabilidades pouco ou nada significativas, mas ao mesmo tempo, estamos sim a criar um hábito de

poupança. Uma das vantagens é que os montantes estão sempre disponíveis e podem ainda acrescentar mais dinheiro sempre que possível.

A nível económico e financeiro o País está a atravessar tempos difíceis, mas estamos a ser lutadores e sabemos que juntos venceremos sempre!

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2 comentários em “A importância de um Fundo de Emergência em tempo de crise

  1. Tema muito importante e actual. É de facto fundamental termos um fundo de emergência que nos proteja em momentos como este que estamos a atravessar. Aprendamos a poupar!

  2. Esta é uma peça muito útil para as famílias construirem uma almofada de resistência em tempos de crise.
    Está muito bem explicado o processo sugerido e este corresponde corretamente ao que é razoável para as necessidades que se avizinham.
    Já agora, e quando se fala em apoios diretos do Estado às Famílias, junto a sugestão de, caso eles ocorram em Portugal (o que eu duvido…), sirvam para juntar a este Fundo de Emergência, caso as Famílias não necessitem desse valor para fazer face às despesas imediatas.
    Muito bem, Carina Meireles!

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