A Farmácia lá do Bairro

Para mim a farmácia sempre foi um lugar de conforto e e de observação e acreditem, nada tenho de hipocondríaca. A verdade é que desde pequena, acompanhando familiares, na adolescência, resolvendo interrogações da vida, grávida e cheia de azia , recém mama e com muitas dúvidas, encontrei sempre nas farmácias uma palavra amiga de cuidado – e sobretudo muita paciência para as minhas fragilidades e inquietações. É que somos todos iguais quando nos sentimos menos  bem e inseguros com a nossa saúde ou com a saúde daqueles que amamos. E o profissional de farmácia está sempre ali para nos ouvir, sem preconceitos ou julgamentos. 

Como sempre fui observadora, há lugares onde as histórias são riquíssimas porque se dá o encontro de seres humanos em contextos especiais. Sempre tive fascínio por aeroportos – a suprema emoção dos reencontros, a tristeza das despedidas e, curiosamente, por farmácias. Na minha cabeça, enquanto aguardo a minha vez, vou observando a troca de emoções entre um lado e outro do balcão e já vi coisas lindíssimas passarem-se dentro de farmácias. Verdadeiras provas de humanidade, solidariedade, carinho e colo a desconhecidos, abraços à velhice e à solidão, horas de conversas sobre dores que não se curam com remédios mas que a presença da bata branca de olhar atento ameniza, nem que seja por breves minutos.

De agora adiante, uma vez por mês, contamos a breve história de uma farmácia e de quem lhe dá rosto e coração. 

Como a Joana, da Farmácia de Carnaxide, apaixonada pela profissão e que guarda na sua caixa de tesouros o post it mais bonito que recebeu de uma utente e inovou o mercado inaugurando um drive in para que pais e bebés não tenham de sair do carro em dias de chuva para aviar as receitas. 

Farmácia é amor. Contemos então estas histórias. 

#historiasparacontar

#profissoesdeamor

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1 comentário em “A Farmácia lá do Bairro

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