Real food!

Nos dias que correm estão em voga dois mantras: comer bem e fazer exercício físico.

No que à comida diz respeito temos vindo a ser bombardeados por milhares de opiniões sobre o que faz bem e o que faz mal. Ele é recomendações de Instagram, ele é artigos que dizem que o alimento X faz mal que logo de seguida são rebatidos por outros que alegam que o produto X afinal é excelente. Depois são as dietas milagrosas e os métodos perfeitos. Estão a ver todas as dicas e mezinhas, certo?

No meio de tanta (des) informação, nem sabemos que decisões, podemos/devemos tomar no dia a dia. Não temos tempo, para calcular calorias ou ver ao pormenor todos os ingredientes. Também não podemos complexificar e demonizar um processo natural. Nós precisamos de comer!

Não podemos cair em fundamentalismos, isso sim, não é saudável.

Bem, no meio de todo este cenário optei por seguir um caminho que para mim faz todo o sentido, é seguir a linha do real food. Isto é, evitar processados e ingredientes que nunca ouvi falar. Manter simples. Daí dedicar-me uma vez ou duas vezes por semana a pré-preparar lanches, e refeições de forma a evitar os processados, que são mais rápidos, mas maléficos para a saúde.

Em 2019 desafiei-me a comer menos carne e menos peixe. Essencialmente, porque acho que estamos, (com o objetivo de aumentar a produção) a injetar demasiados químicos nos animais. E depois porque acredito que essa mesma produção está a deixar uma pagada ecológica nefasta. Sabe-se que o aumento da população mundial e a difusão da prosperidade está a elevar o consumo de carne, mesmo em países como a China, que têm na sua essência uma dieta mais à base de plantas.

Seria importante promovermos uma mudança de hábitos alimentares, mais sustentáveis para o planeta e mesmo para o nosso organismo.

Porém, é difícil mudar hábitos de 7 mil milhões de pessoas. Para contornar a questão tem-se vindo a apostar na produção de carne através de células. Em vez de se criar uma vaca inteira, cria-se apenas o hambúrguer. Não é ficção científica. Já foi feito o primeiro hambúrguer de laboratório e já foi consumido em 2013. Inicialmente custou 330 mil dólares, hoje a produção custa 11 dólares/und. Pode ser um avanço com benefícios ao nível ambiental, porém não conhecemos o impacto na nossa saúde!

Lá está, não sou fundamentalista, mas acho que todos devíamos ter mais consciência das nossas ações enquanto habitantes deste planeta. Assim sendo, este ano uma vez por semana faço durante um dia refeições à base de plantas. É apenas um começo!

Até me considero uma sortuda, lá em casa há quintal e, portanto, muito do que como vem diretamente da terra, principalmente vegetais e fruta. Sou completamente apologista que muita da nossa condição física e de saúde depende do que comemos, sugiro que vejam, sobre este aspeto o documentário Forks over Knifes.

Compete-nos a nós canalizarmos a indústria para o que queremos consumir. Somos nós quem consume. Enquanto não mostrarmos esse nosso peso, vamos continuar a receber aquilo que é mais lucrativo para eles e menos benéfico para nós?

Manter simples e comer real. Não fica caro, nem é difícil.

 

Nota sobre a autora

O meu nome é Inês Pina.

Sou uma marrona que não gosta de estudar, uma preguiçosa trabalhadora e uma fala-barato solitária.

 

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