O porquê da mudança
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Desde que me lembro que sou apaixonada por animais. Qualquer cão ou gato que me aparecesse à frente, merecia os meus miminhos. O primeiro cão que os meus pais deixaram entrar em casa teve de ir para outra família, pois eu só queria dormir com ele e estava sempre com ele… e eles não entendiam. Hoje é assim, e já entendem. Já sabem o meu amor. Os meus avós tinham gado…e um talho. Sempre vivi com essa realidade. Cheguei a ver as matanças, que antes ocorriam “em casa” e não nos matadouros. Não gostava…mas era a realidade, era “o normal”.
Fui crescendo sempre ligada um pouco às lutas pelos animais domésticos, mas só há poucos anos é que comecei a ler sobre a exploração no mundo pecuário, na indústria alimentar, no turismo, e nos circos. E depois lá ganhei coragem e vi o documentário “Cowspiracy”. É um murro no estômago. É verdadeiramente duro. É curioso como tudo é feito iludindo-nos. Mas é apenas até querermos mesmo saber, porque ainda hoje tenho amigos que me dizem “eu não quero saber, porque gosto de carne/queijo/sushi”. Ou seja, nós sabemos, mas não queremos saber, não queremos ver a realidade, não queremos deixar de comer x, pois a partir do momento que sabes, vais ter sempre aquele alerta na tua consciência.
Custa a mudança? Um pouco. Da minha experiência, será o cozinhar, mas isso já o era antes, agora é apenas mudar os ingredientes, pesquisar um pouco mais. Não é difícil, de todo! Mas cada um de nós tem o seu tempo, o seu pensar, e o seu caminho. Há quem deixe radicalmente, e há quem seja aos poucos, como foi o meu caso. Tracei um objectivo, uma resolução, janeiro 2018 deixaria de comer carne e peixe, e consegui! Mas foi tudo um processo, aliás ainda é. Logo após o documentário deixei a carne de vaca, e os lacticínio. Como é que nunca tinha pensado na indústria do leite?! E depois, fui pesquisando, lendo, e fazendo as coisas como me parecia o acertado para mim, e para a minha consciência. E é isso que devem fazer. Não julguem, não critiquem. Cada passo é importante, e neste caminho do vegetarianismo/veganismo, cada um sabe de si, desde que se respeite e queira mesmo respeitar os animais, e o planeta.
Inspirações: Made by Choices / Pick up Limes
Nota sobre a autora
O meu nome é Adriana e sou uma recente vegetariana (apenas 1 aninho).
Como é um assunto tão importante na minha vida, e que compromete tantas outras, decidi escrever um pequeno texto sobre isto, e o meu caso pessoal, para que outros possam também reflectir sobre o modo como tratamos os outros seres vivos.
