Montanha de lições

Agarrada pela vida. Com desejos infinitos, com objetivos de todos os tamanhos, com uma vontade gigante de ser sempre feliz. Não o serei sempre. Eu sei.

Mas eu gosto de acreditar que todos os momentos de pura felicidade compensarão sempre os de batalha. Sorrio a tempo inteiro porque a vida me tem dado motivos para isso. Sorrio porque quem caminha comigo só pode merecer o maior de todos os sorrisos.

De pés bem assentes na terra, assim vivo o hoje, sempre com fé de que o amanhã será sempre melhor. Não sei se o será, mas ajuda. E se ajuda porque não?
Não vivo do que ainda não sei se virá, mas vivo com a certeza de que nada cai do céu, nem mesmo a felicidade que busco diariamente.

Guardo as lágrimas para a noite, as dores para a noite e a tristeza para mim. Apesar de achar que não faz bem, não acho que deva partilhar dessas coisas. Não tenho tempo.
Todo o tempo que tenho gasto-o a ser e a fazer feliz. Ou pelo menos a tentar fazê-lo.
Dificilmente olho para trás. Mas uma pequena distração e o caminho que era o certo passa a ser um trambolhão. As pedras que ficaram, ficaram. Magoaram, mas não deixei que magoassem uma segunda vez. Olhar para trás é estagnar o presente, e eu tenho tanta coisa para fazer…!

Tantos momentos para viver e tantas pessoas para amar!
Cada pedrinha, fez-me ser quem sou, cada pessoa uma evolução e cada desilusão uma aprendizagem.
Não fugiria de nenhuma delas, porque me ajudaram. A crescer.
Mas não me peçam para olhar para trás. A vida é curta demais para se viver de passados. A vida é bonita demais para se viver de erros.
Carregar pesos antigos não nos deixa evoluir e não há idade nenhuma em que não se deva querer ser sempre melhor e ter sempre mais.

De tudo, escolho o presente, escolho sempre o melhor e escolho gostar de mim.
Hoje, sou feliz.
Hoje, sou eu mesma.
Não sei onde meter tanta ambição.

Não sei onde guardar tanto amor. Nem sei como aguentar tantos sonhos.
Mas de uma coisa eu sei:
A vida é bem mais bonita quando gostamos de nós próprios.

Nota sobre a autora: 

O meu nome é Daniela. Trabalho há seis anos, mas com o decorrer da vida senti uma necessidade grande de escrever. De escrever o que sinto. O que muita gente sente. Falar sobre dores que ficam, dores que aliviam com a escrita mas que não passam. Deixo nas palavras pesos que não consigo carregar sozinha. Saudades de quem não tenho, amores que rumaram por caminhos diferentes dos meus, presenças que me fazem falta. São também as palavras que me ajudam a amar. A dizer o quanto a vida é bonita e o quanto agradeço por ter pessoas boas na vida. Sou grata por me lerem. E é desta forma que a minha vida faz ainda mais sentido.

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1 comentário em “Montanha de lições

  1. Acho q todos nós encontramos nestas palavras. Escrever é, quanto a mim, uma das melhores terapias, mais do que ler. Obrigada pela partilha.

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