Minha adorada Ria Formosa

 

De manhã, a casa simples e branca dorme serena. A janela aberta durante a noite mantém-se  sintonizada no canal de conversa dos pássaros que escolhem as árvores de fruto doce do jardim como banquete matinal. Nos quartos, a quietude. Almofadas frescas albergam sonos profundíssimos (daqueles em que se sente todo o corpo a dormir e a agradecer o descanso).

A ria desperta em tons de rosa, pássaros pequenos em festa e em bando em voo picado nas águas prateadas e ainda frias (vão aquecer durante o dia) dão os bons dias aos pescadores e aos barqueiros, os primeiros a chegar ao areal. A corrida matinal das pequenas aves ouve-se nos quartos mas não interrompe o sono profundo da manhã: embala-o e incentiva-o para o mergulho final do descanso.

Cheira a pão da torradeira do primeiro habitante da casa que se levanta e que, em bicos dos pés, diz bom dia à chaleira do café. Semicerra os olhos quando abre a porta que liga a cozinha ao jardim, habituando-se à luz matinal. Uma rola parece cantar dentro de um búzio.

Na praia, o vento já é morno e a água límpida, o plano é mergulhar no mar desafiando as ondas pequenas ou na ria depois de um safari de balde e rede aos caranguejos e às cadelinhas.

Dias Felizes para recordar todo o ano.

Adorada Ria Formosa.

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