Manhãs de questionamento!

São 5:40 da manhã. O despertador já tocou às 5:00, não foi de imediato que saltou da cama. Ela sabe que o tempo, essa medida universal, que promove a justiça mundial, 24 horas para cada um, se esfuma quando é ocioso. Sabia que apesar da preguiça do corpo, a sensação de dever cumprido no final do dia iria superar todo o mau bocado matinal. Sempre fora assim. De agendas e de listas com “to do”.
Havia alturas em que questionava a sua disciplina, mas quando lhe dava folga percebia que era por isso que a amava! Seria amor doentio?
Quantas vezes em prol de conseguir cumprir todos os prazos não nos sentíamos ratinhos de gaiola a correr na roda? Sem vontade, sem paixão. A correr para cumprir regras e preceitos definidos por alguma entidade como essenciais? Quem é que dita as regras do suposto?
Desvaneios…desvaneios.
Por vezes, faz sentido perceber se estamos a empunhar a tocha com a chama vigorosa ou se simplesmente estamos a deambular com uma cabeça de fósforo que arde tremulamente.
Porque corremos?
Estamos em jornadas de nove/doze horas de trabalho, por que motivo? Estamos nós a usar as nossas capacidades ao máximo para que possamos ter a qualidade de vida que pretendemos?
Qual é a nossa missão? Sabe-se que uma vida deve ter objetivos. Temos definidos objetivos pessoais, profissionais e espirituais? Depois de definidos, estamos com coragem para os realizar? Estamos concentrados na nossa missão e temos consciência que o dia de hoje é um dom?
Por falar em dom, conseguimos dominar a mente? Não é partir o copo com a força da mesma, mas sim cultivar o nosso sucesso interior? O esclarecimento interior vem do disciplinar da mente. Quantos pensamentos maus temos num só dia?
A coragem não é apenas escalar o Evereste, é ser-se herói todos os dias. Acordar às 5:00! Correr 10 km. Vestir três crianças, levá-las à escola e chegar ao trabalho com o sorriso aberto. Diz-se que o Universo fortalece os corajosos. A única ferramenta que se precisa para uma vida mais plena? A força de vontade.
Declara guerra aos pensamentos mais fracos e agarra o teu tempo, o do agora.
O tempo foge entre os dedos, por isso aprecia a viagem.
O sol estava a desenhar-se no horizonte, imponente ao ponto de tingir todo o céu de tons avermelhados. Levantou-se do tapete, deu o último gole no chá já tépido e foi até ao duche.
O dia ia trazer novos desafios, e ela queria aproveitar a viagem!

Nota sobre a autora

O meu nome é Inês Pina.

Sou uma marrona que não gosta de estudar, uma preguiçosa trabalhadora e uma fala-barato solitária.

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