Falar ajuda
Publicado a na categoria Reflexões
– Posso perguntar-lhe o que se passa?
– O que se passa no íntimo de cada um, é de cada um.
– Faz às vezes bem falar.
– Argumento arranjado pela bisbilhotice.
– Não diga isso!
– Digo pois. Não há mal que se resolva pelo falar.
– Desengane-se.
– Não estou enganado.
– Está, redondamente.
– Como se mede o arredondo?
– Pelo tamanho da idiotice.
– Está a tomar-me por idiota?
– À sua ideia.
– Que se minha é, por idiota me tem.
– Não creio.
– Explique-se.
– Creio que deva sua pessoa ser um conjunto de ideias que não só esta.
– Não conhece as outras.
– Por isso mesmo. Se não as sei, às suas ideias, não posso tomá-lo a si por idiota, apenas à ideia.
– Faz bem falar é essa sua ideia?
– É.
– Digo-lhe que não há mal que se resolva pelo falar.
– Desengane-se. Todos os males podem pelo falar ser resolvidos. Mas disto do falar sabe o Homem muito pouco.
– Nem sei que lhe diga, duvido, mas não discordo.
– Alguma coisa lhe mudou esta nossa conversa.
– Porque o diz?
– Antes diria que não há mal que se resolva pelo falar.
– Verdade que disse, mas a que propósito o foi agora buscar?
– Que agora já não discorda, dúvida apenas.
– Que prova isso?
– Que já sabe mais um pouco sobre isto do falar.
Nota sobre a autora
Nicolau Benjamim, pseudónimo de Gabriela Pacheco.
Gabriela tem 29 anos e é Gestora de Formação.
Nicolau é outra coisa, a melhor: é sonho, é palavras… na pele, na alma e no corpo. Escreve por inevitabilidade.
Escreve aqui:
Gabriela Pacheco…uma inspiração.
Talento ?
Na continuação do post que fiz ontem da ansiedade não consigo falar…
Tenho vergonha passo a imagem de estar tudo maravilhoso