Comunicar o Ambiente (Lil Dicky-Earth)

O tema da sustentabilidade está cada vez mais em voga, se fizéssemos a média, a mediana e a moda, partindo da questão – ao longo dos anos, tem vindo a praticar mais métodos ecológicos? -, perceberíamos que os seus valores estão no pico máximo. No entanto, como os nossos antecessores diziam “quem mais jura, mais mente” e nós sabemos que não é bem assim.

Atualmente é progressivamente mais fácil assumirmos um estilo de vida que não é realmente o nosso. Porquê? Porque temos mais liberdade de expressão e porque temos um conjunto imenso de mecanismos de difusão de informação (mesmo que fabricada). E, aparentemente, tomar uma posição mais sustentável eleva o nosso estatuto social. Enquanto seres humanos é normal querermos o maior reconhecimento possível, primeiro junto dos nossos familiares, depois dos nossos amigos e (por incrível que pareça) por pessoas desconhecidas. Sendo assim, passou a fazer parte da nossa rotina vermos partilhas de publicidades de produtos ecológicos em todas as redes sociais, vermos o “vem ver-me a experimentar esses mesmos produtos” no youtube e uma insistência em criticar toda a gente que está à nossa volta que usa uma palhinha de plástico.

Não é que estas atitudes não sejam corretas, com certeza que são, mas a grande maioria destas pessoas são as mesmas que em casa usam as palhinhas de plástico (porque as outras alternativas são mais caras e difíceis de arranjar); que fazem uma reciclagem que não é bem uma reciclagem, é mais um “às vezes faço” (porque não têm recipientes – papelão, embalão, vidrão, pilhão – que combinem com a cozinha); que sempre que estão na rua e têm de deitar algo num ecoponto este encontra-se a cinco metros de distância e convenhamos que ia levá-las a desviar-se do percurso que tinham de percorrer, por isso, não faz mal deitar para o chão. Não quer dizer que os que estão calados não façam o mesmo, mas ao menos não são hipócritas. Para além disso, sempre ouvi dizer que quem faz coisas boas não precisa de andar a anunciar pelas ruas (ou redes sociais) que o faz.

Para todos os hipócritas, os anunciantes e os calados (praticantes ou não praticantes) acho importante recapitular o porquê da necessidade de se ser mais sustentável e como o fazer, sendo assim, partiremos da composição divertida do rapper americano Lil Dicky Earth. Esta música dá voz a um conjunto de seres vivos – aos humanos, aos babuínos, às zebras, aos leões, às vacas, aos porcos, aos fungos, às doninhas, às plantas, aos abutres, aos rinocerontes, às girafas, aos cangurus, aos elefantes, aos lobos, aos esquilos, aos póneis, aos vírus e aos coalas. Apesar de deixar alguns animais de parte (surpreendentemente os animais aquáticos, mas creio que por lapso), permite relembrar a fauna e a flora mundial, correspondendo a um dos primeiros motivos pelos quais devemos proteger o ambiente (“We love the Earth, it is our planet / We love the Earth, it is our home”). De seguida, assume uma personagem tipo, alusiva aos seres humanos, afirmando que andamos neste mundo há tanto tempo e pouco dele percebemos (“I mean, there’s so many people out here / Who don’t think Global Warming’s a real thing”), que preferimos zelar pelas nossas regalias – desde o simples processo de registo cívil (“Give each other names like Ahmed and Pedro”) à utilização de vestuário -, ao invés de zelarmos pelo ambiente. Ademais, menciona que apenas unidos conseguimos fazer a diferença. Então, vamos lá começar:

Comportamentos básicos

  1. Reciclar
  2. Optar por produtos recicláveis
  3. Praticar um consumo consciente
  4. Optar por transportes públicos
  5. Evitar desperdício de água
  6. Respeitar os seres vivos

Comportamentos (mais) fora da caixa

  1. Plantações próprias
  2. Praticar compostagem
  3. Priorizar a produção local de vestuário
  4. Optar por transportes não poluentes (bicicletas, por exemplo)
  5. Preferir escadas aos elevadores
  6. Reutilizar a água da máquina de lavar

Nota sobre a autora

Estudante universitária na área de jornalismo que, após completar duas décadas, decide meter mãos às obras. De nome Bruna Sousa procuro angariar experiência no mundo da escrita e tentar contribuir para a exploração de alguns pontos de vista fora da caixa.

Email: brunita.sousa1999@gmail

Protejo digital universitário (secção de crítica de cinema, música e literatura)

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