Berlengas, um paraíso em Portugal!

Há uns tempos estava a navegar pelas fotos e fui parar à pasta das férias de 2014. Estávamos em setembro. É o meu mês de eleição para férias, para recomeços, para voltar a colocar tudo em ordem. Na minha ordem.

Logo na primeira semana do mês rumamos a Peniche. Sabíamos que podíamos acampar na ilha, mas não queríamos ficar condicionados e como há viagens diárias para a ilha avançamos com a dormida em Peniche.

Recordo-me de uma vez, ter uma foto das Berlengas como fundo de ecrã e uma colega me ter perguntado onde era o sítio. Quando lhe disse que era nas Berlengas/Portugal ficou de boca aberta. De facto, a água azul e o seu pequeno ecossistema remetem-nos para uma outra realidade.

Vamos à localização. As Berlengas são reserva natural há décadas devido à sua importância enquanto ecossistema insular, ao seu valor biológico no que diz respeito à vida marinha e ao seu elevado interesse botânico. Na época não sabia nadar, mas é uma excelente zona de mergulho. O meu companheiro fez mergulho e assim que terminou disse que se sentiu num “momento National Geographic”. Referiu que bastava tocar em algo para se verem cardumes de peixes.

O arquipélago é composto por várias ilhas e rochedos, em três grupos: a Berlenga, as Estelas e os Farilhões-Forcadas. A sua fauna única inclui a airo Uria aalge, ave adotada como símbolo da Reserva Natural. É parecida com o pinguim antártico. As suas águas são ricas em peixes e mamíferos marinhos, plantas marinhas e outros organismos.

Para visitar a Berlenga basta chegar a Peniche, procurar o Cais de Embarque e apanhar o barco para a Berlenga Grande. A viagem é de cerca de 10 quilómetros, ou seis milhas náuticas. Antes de ir tinha lido que as viagens de barco eram infernais. No nosso caso correu tudo bem, inclusive foi a minha primeira vez a andar de barco. Provavelmente depende muito do estado do mar. Acho que tivemos sorte!

Recomenda-se que se faça a reserva. Nós não o fizemos, mas fomos logo pela manhã, apanhámos o primeiro barco. De referir que temos horas de chegada e partida. Tenta-se controlar o “trafego” de pessoas. De facto, a ilha é pequena e o ecossistema tem de ser bem preservado.

Para visitar, temos a Fortaleza de São João Batista, o farol do Duque de Bragança ou farol da Berlenga, construído em 1840 e as praias: a Praia do Carreiro do Mosteiro, a maior, e as mais pequenas, a Praia do Forte ou a Praia Cova do Sonho. Tem ainda trilhos, caminhadas, convém espreitar o Centro de Visitantes e tem excursões de barco às grutas: a Gruta da Lagosteira, a Gruta da Flandres, da Inês, do Brandal, Gruta Azul e Gruta Muxinga.

Adorei o forte. Parece que flutua sobre toda a ilha, tem uma imponência graciosa. Dá para o calcorrear todo e viver a ilha do alto, como que a espiá-la. Obrigatório levar roupa confortável para fazer os trilhos da ilha e claro roupa de banho para dar um mergulho.

Agora que me safo a nadar de certeza que voltarei a este recanto do nosso retângulo. Não é à toa que somos dos melhores destinos turísticos, Googlem as berlengas e vão perceber o motivo.

Nota sobre a autora

O meu nome é Inês Pina.

Sou uma marrona que não gosta de estudar, uma preguiçosa trabalhadora e uma fala-barato solitária.

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