A minha Avó faz 101 anos

A minha avó faz 101 anos. Este texto vai ser longo e, provavelmente, poucas pessoas vão querer lê-lo. Não faz mal. Escrevo-o para que a memória de uma mulher extraordinária não se perca. Escrevo-o para que a vida da minha avó – como a de tantas outras mulheres notáveis – não caia na invisibilidade. Escrevo-o para os meus filhos, para o meu pai e para o tio, para os meus netos, para os meus bisnetos, para o meu querido avô Eduardo que me vai acompanhar em cada passo, lá na sua caminhada de elefante eterno, sabendo que cada palavra é verdadeira, justa e urgente.

Escrevo-o para a sua única irmã viva, a minha querida Tia Naninhas, tesouro ímpar nas nossas vidas, guardiã das nossas memórias e peça de amor absolutamente determinante na felicidade familiar. Foi a minha tia que me ajudou a escrever este texto, partilhando comigo as suas memórias e dando-me informações preciosas para que pudesse compor este documento de forma rigorosa. 

A minha avó Marieta faz 101 anos. Marieta Cidade Barreto (depois do casamento, também Ferro Rodrigues).

Resiste forte neste mundo, acredito eu, por amor. Pelo amor que sente, pelo amor que recebe todos os dias. Pelo amor que viveu com o meu avô, que já não está entre nós, mas que na cabeça dela permanece vivo.

Pelo amor militante e abnegado pelos filhos todos. Os que estão vivos – Eduardo, meu pai, e Paulo, meu tio –  e pelo filho que morreu no parto, sofrimento que a dilacerou, que momentaneamente a fez perder a vontade de viver, mas do qual recuperou com coragem. Estoica, seguiu em frente, mais forte mas também mais endurecida pelo tremendo desgosto.

No outro dia, enquanto a visitava, encostei-lhe a cabeça no ombro como quando era pequenita. Olhou para mim e disse: “O teu avô acabou de sair do quarto. Tinha aqui a cabeça encostada. Não o viste?”.

E eu, que tanto o queria ver, comovi-me e menti-lhe dizendo que sim, com a convicção possível que consegui desencantar no momento, com os olhos rasos de lágrimas. Aquela cabeça encostada a ela era a minha, o amor eterno que sentiu, era o dela. O que os seus olhos terão visto não sei –  nunca saberei.

Aos 101 anos, o pensamento da minha Marieta já está noutros lugares. A avó está sempre num passado longínquo, onde felicidade e tristeza, juventude e velhice, se conjugam num presente desfocado.

A minha avó nunca pensou chegar aos 101 anos –  e eu que lhe dizia tantas vezes quando me falava da morte, e dessa possibilidade, que ela ia chegar aos três dígitos porque era rija e determinada. E ela, não o querendo (porque não  queria) chegou, como dizia Saramago, ao sítio onde a esperavam. Queiramos ou não, chegamos sempre ao sítio onde nos esperam.

A minha avó Marieta é alentejana, de Montemor-o-Novo. Teve uma infância “cheia de felicidade”. Disse-o mil vezes nos poucos momentos em que se fragilizava. É que a minha avó não era de se fragilizar, nem era mulher de grandes mimos ou proximidade física. Provém de uma cepa de mulheres muito fortes e dignas que acham que com os outros só se partilha as alegrias e que as tristezas se resolvem na solidão da intimidade. E foi muitas vezes na solidão absoluta que sublimou as suas angústia e tristezas. E foram muitas. [Eu, neta, sou muito diferente. Sou de partilhar aquilo que me faz sofrer, tantas vezes uma partilha até despudorada com aqueles que mais amo, e só com esses, acreditando que essa é a fórmula certa. Mas o exemplo de tenacidade e resiliência que a minha avó me fez chegar através da sua conduta, por mais que as não consiga exercer, vão acompanhar-me para sempre.

Voltando ao colo que nos estrutura, a verdade é que sempre que a Marieta falava dos seus pais e da sua infância e adolescência em Montemor, todas as defesas montadas se desvaneciam. E nos olhos perscrutava-lhe a criança feliz que fora, muito agradecida aos maravilhosos pais –  meus bisavós –  que nunca permitiu que caíssem no esquecimento da fotografia a preto e branco e da morte real, aquela que o tempo deixa tantas vezes obliterar. Falava-me muito deles e, ainda hoje, aos 101 anos, tem momentos em que se percebe pelo olhar que está a regressar à casa de família em Montemor e ao abraço dos seus paizinhos. E por isso os meus bisavós são importantes nesta homenagem. Falar dela sem falar deles, não faz sentido.

O meu bisavô e a minha bisavó eram um casal extraordinário. A minha bisavó era de uma família católica e monárquica. O meu bisavô, republicano e ateu. Por amor, foi baptizado para casar com a minha bisavó mas fez com ela um acordo que foi sempre respeitado: os filhos não seriam baptizados, ser-lhes-ia concedido o direito de escolherem. E assim foi. Curioso o facto de, apesar de ateu, ser adorado pelos párocos de Montemor que, no Carnaval, iam ao Monte dos meus bisavós comer, beber… e até dançar!

Tiveram oito filhos ao todo. Três morreram em bebés. Dois, na casa dos 20 com tuberculose. E sobreviveram três, entre eles (neste caso, entre elas), a minha avó.

Há mais de 80 anos, em Montemor-o-Novo, no Alentejo, o meu bisavô enviou as quatro filhas para Lisboa para estudarem. Por causa disso, foi alvo de muita conversa da vizinhança, “que pouca vergonha” –  diziam.

Fez orelhas moucas e, mais tarde, viveria um dos dias mais felizes da sua vida quando a filha mais velha, Emília, se formou em Direito e se estreou como advogada na barra do Tribunal de Montemor. A ela seguiu-se a mana Bia, que tirou Medicina, e depois a minha avó (já vos conto) e, finalmente, a minha Tia Naninhas que não acabou o curso porque se apaixonou e se distraiu nos estudos, para grande desgosto da Marieta – sua encarregada de educação, 13 anos mais velha. “Mas vivi, filha. Vivi anos de grande felicidade”, conta-me ela agora, aos 86 anos. Não tenho a menor dúvida, tia.

O meu bisavô esteve preso no Sidonismo e foi recebido com uma gigantesca manifestação de júbilo, com milhares de pessoas com archotes na estação de comboios da Torre da Gadanha. Foi também mandatário do general Humberto Delgado em Montemor, em 1958. Era muito amigo das filhas e dos netos. Passava tardes com eles (e o meu pai por lá, fascinado) à conversa, a jogar bilhar e a beber cerveja (só ele!) no café Almansor.

Mais tarde no tempo, divertiu-se à grande no Parque Mayer quando o meu avô (seu genro) escrevia textos de Revista à Portuguesa. O meu bisavô era adorado pelos artistas e pelas coristas em Lisboa. Era sempre uma festa quando vinha visitar as filhas e os genros e, em Montemor, ainda hoje dá nome a uma rua da sua terra, pelos inestimáveis serviços que prestou à comunidade como solicitador que era, ajudando sempre aqueles que mais precisavam de defesa, as famílias com menos possibilidades, as pessoas marginalizadas.

Bisavô e bisavó –  vejo agora muito claramente –  tão à frente do seu tempo, visionários e corajosos –  tão feministas, provavelmente sem nunca terem pronunciado sequer a palavra. As filhas foram todas, sozinhas, estudar para Lisboa, repito. Sublinho que a minha avó Marieta faz 101 anos – para que percebam a importância do que, com orgulho, vos conto.

Em Lisboa, a minha avó conheceu o meu avô e viveram a mais bela e real história de amor –  apaixonado, sofrido e muito testado pelas agruras da vida. Mas tão verdadeiro, tão cru. Tão belo. 

Começou por ser um amor proibido –  namoravam à janela, desenhando as letras do alfabeto no ar para que ninguém descodificasse as conversas de namoro. E assim compunham palavras, frases inteiras, declarações de amor apaixonadas e também discussões acesas. De janela para janela. E, mais tarde, a janela tornou-se a vida toda. Recordo bem o momento em que ele, já velhinho, no hospital, impossibilitado de falar, volta a desenhar as palavras no ar para conseguir comunicar com a sua companheira –  e eu muda, estupefacta e comovida, a assistir ao recuperar da linguagem codificada da juventude –  que eu achava ser mito ou romantização da história que os unia.

Antes do meu avô, sabe-se apenas de um namorado,  que tinha brevet de piloto,  e que levou a minha avó Marieta a andar de avião pela primeira vez. Consta que ela lhe pediu que fizesse acrobacias. Ficou de cabeça para baixo no ar e chegou a casa extasiada com a experiência vivida perto das nuvens.

A minha avó ensinou-me a ser politicamente corajosa, a escolher um lado, a comprometer-me. No tempo da ditadura e sendo ela funcionária pública recusou -se sempre a votar, não embarcava na farsa eleitoral de partido único. Sabia que podia ser perseguida por isso mas o medo nunca a deteve e demostrou-o várias vezes durante a sua vida.

Na campanha presidencial do General Humberto Delgado, aquando de um comício do mesmo no Liceu Camões, em que a polícia a cavalo disparou sobre os estudantes que corriam fugindo à morte pelas ruas, o meu pai – na altura com 8 anos- recorda -se da minha avó à janela, transtornada a gritar para a polícia “Assassinos! Assassinos!”. Foi o meu avô que a tirou da janela alertando-a para os perigos evidentes daquela voz a erguer-se na noite.

Bem mais tarde, em 1972, aquando do terrível assassinato pela PIDE do estudante Ribeiro Santos, a minha avó, já na altura com mais de 50 anos, juntou-se aos jovens que lhe prestavam homenagem no seu funeral, acompanhando a saída do corpo da casa de Ribeiro Santos, com a polícia mais uma vez a carregar sobre os estudantes –  entre eles o meu pai, que se lembra de ter vislumbrado a minha avó no meio da multidão, da confusão, do pânico. O meu pai recorda-se do imenso orgulho que sentiu ao ver a sua mãe ali, representado-se a si própria, resistindo.

A minha avó ensinou-me também a ser irmã –  o amor pelas suas queridas manas, as que sobreviveram à vida: Bia, médica, a mais velha, e Naninhas, a mais nova, uma filha para ela. Uma sororidade à prova de tudo, um amor em estado puro e uma ligação vinda dos terraços do monte alentejano, das tais raízes de ternura dos pais excepcionais, da tal memória de vitórias e derrotas, alegrias, e tantas perdas, mas sempre manas, de mãos dadas. Quando a minha tia Bia morreu (a médica), a minha avó, consumida pela tristeza e com gravidade no olhar, chamou-me a mim e à minha prima mais velha, para que cumpríssemos uma missão de grande importância para ela. Pediu-nos que vestíssemos a sua mana para que fosse enterrada. Explicou-nos que teria de ser assim, a mana não gostaria de ser vestida por um qualquer funcionário da funerária. Havia uma dignidade a manter, uma memória a honrar. Cumprimos a função sem pestanejar e sei que esse momento me uniu para sempre à minha querida prima. A morte voltaria a testar-nos de forma violenta mais tarde nas nossas vidas mas, como as manas, estivemos sempre de mãos dadas e cabeça levantada para a vida.

A minha avó inspirou-me a lutar pela igualdade. Nas décadas de 1930 e 40, muito antes da guerra colonial começar e da questão da independência das colónias ultramarinas se tornar num verdadeiro problema político, a minha avó, com apenas 20 anos, foi uma das 13 mulheres a matricular-se na Escola Superior Colonial. Treze mulheres para 1000 homens. Destas 13, sete concluíram o curso e seis desistiram. A minha avó concluiu o curso com notas brilhantes e durante toda a sua vida profissional foi admirada e recordada por várias gerações que com ela trabalharam e que lhe sublinhavam, para além das capacidades profissionais, a rectidão de carácter, a coragem como chefia, a solidariedade e cumplicidade com todos os funcionários que estavam sob a sua alçada. Não foi até ao topo de carreira por ser mulher. E porque, por amor ao meu avô, acabou por abdicar de si própria no domínio profissional. Lamento essa decisão mas, à luz daqueles tempos, compreendo-a muito bem. 

A minha avó foi sempre uma avó presente e, comigo e com o João, os seus gémeos e únicos netos, viveu momentos de grande felicidade. Consola-me muito saber isso. Que a felicidade que nos proporcionou lhe foi sempre devolvida por nós de forma inconsciente, sobretudo quando éramos crianças.

Às sextas-feiras, dando folga aos jovens pais – os gémeos rumavam a casa dos avós, tempos tão ternos e repletos de recordações que me comovem profundamente. As caminhas feitas a preceito, o leite com chocolate verdadeiro que ela deixava derreter no copo morno, as bolachas deliciosas ao fim da noite. Cada um no seu sofá em conversas intermináveis com os avós, muitas gargalhadas e perplexidades partilhadas. As tardes em que a avó –  muito exigente –  nos acompanhava nos trabalhos de casa, detectando de forma minuciosa os erros gramaticais, a tabuada cantada com sotaque alentejano, as pernas ao sol enquanto arranjava as unhas na varanda, a melancia fresca nas tardes de Verão. A nossa avó, que hoje faz 101 anos, foi estruturante nas nossas vidas. Uma mulher extraordinária e, por isso, eterna.

Parabéns, querida avó. Marieta menina, mulher, mãe, irmã, filha, cidadã exemplar.

A inesquecível Marieta de Montemor.

Uma bússola para sempre nas nossas vidas.

Rita Ferro Rodrigues

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32 comentários em “A minha Avó faz 101 anos

  1. Que homenagem maravilhosa. Querida avó, muitos parabéns! Ler isto relembra-me a minha bisavó, partiu a 3 meses de fazer 100 anos. Sem doenças, sem nada , mas porque o ciclo da vida é mesmo assim. Um amor que nao tem explicação. Uma sorte. Um beijo grande no coração da Rita e da avó! 🙂 🙂

  2. Absolutamente maravilhoso este texto !
    Faz muito bem em homenagear a sua avó.Que história de vida linda.
    Muitos parabéns para a avó Marieta e para toda a família.
    Que saudades que tenho da minha avó ??❤️?

  3. Texto delicioso que ressoou tanto no meu coração! Também eu filha, neta e bisneta orgulhosa de uma geração de mulheres e homens corajosos e comprometidos com valores tão nobres. Obrigada Rita pelo texto e por se dar a conhecer de forma tão genuína e fiel a si própria!

  4. E que maravilhosa homenagem, Rita! Que enorme orgulho que deve sentir dos seus e que bonito que é partilhar tanto amor pela sua “gente”!!!
    A-do-rei ❤❤

  5. Linda dedicação expressa com muito Amor e com uma Gratidão Enorme de uma Neta para uma Avó. Memórias vividas que jamais serão esquecidas e que foram o pilar, a construção para a sua Educação Rita Ferro Rodrigues e Ser o Ser Humano que é hoje e a menina que foi ontem e a mulher que é hoje.
    Muitos parabéns por partilhar com os seus leitores esta pequena mas grande história da sua vida real.
    Muitos beijinhos a si Mulher Guerreira, Lutadora detentora de enorme Tenacidade e Humildade.

  6. Que texto lindo Rita! Eu vivo em Montemor-o-Novo e não sabia das vossas raízes. Fiquei orgulhosa por vós!! Obrigada por partilhar e parabéns à avó, extensivos a toda a família.

  7. 101 anos tão preenchidos e tão ricos! Que felicidade, com netas como a Rita! Parabéns e beijinhos amigos às duas! Vasco Lourenço

  8. Fantástico texto!
    Eu que sou mto ligada a minha família arrepiava me em cada parágrafo.
    Parabéns Rita!
    Lindas memórias, adorava que os meus netos um dia , me recordassem com tido esse carinho !

  9. Li atentamente o texto…como é bom recordar o nosso passado…das minhas avós não tenho boas memórias…uma nem a cheguei a conhecer,a outra teve uma vida de sofrimento e uma morte pior ainda eu era criança…mas pelo que me disseram era uma super mulher…como eu gostaria que ela tivesse tido uma vida mais longa para lhe poder ter dado todos os mimos que nunca teve na vida e que tanto os merecia…

  10. Texto admirável! Pelo conteúdo rico e comovente. O expectável, vindo da Rita que tenho aprendido, de dia para dia, a admirar.
    Susana Ribeiro

  11. Que história de vida tão bonita, Rita. Não tenho, ou não há palavras, para dizer sobre o que descreve. Claro que se sente orgulhosa. Muitos parabéns à avó Marieta e a toda,a família. Beijinhos

  12. Parabéns à sua avó Marieta e parabéns à Rita por esta homenagem tão sentida e autêntica. Comoveu-me. Obrigada.

  13. Parabéns para a Sra. sua Avó e restante família!
    Com o seu texto, sinto que fiquei a conhecer um pouco da Vossa extraordinária Marieta.
    Vivemos uma época em que é imprescindível termos pessoas – e sobretudo mulheres – inspiradoras e que nos relembram da importância do Amor e de nos respeitarmos acima de tudo.
    Grata ❤️

  14. Ler as tuas ternas e queridas palavras recorda – me as minhas avós. Que Deus te conceda o privilégio de víveres os 101 dela e aos 102 puderes voltar a dar me o privilégio de as ler.

  15. Beijinho, Rita. Que bela história de Família e que bem que a contas! Desses bisavós, avós, tias e país, só podiam sair duas pessoas íntegras como tu e o João.

  16. Texto muito bonito Rita. A minha avó faleceu no final do ano passado com 101 anos e meio como fazia questão de referir. E o seu texto em algumas partes sem dúvida alguma parecia que falava dela. Uma mulher também muito à frente do seu tempo, que recusou um casamento por dinheiro com 19 anos e grávida, uma mulher que resistiu sabe lá Deus como á morte do marido e de uma filha no intervalo de um ano, que com 46 anos ficou viúva ao seu encargo 7 filhos um deles com 1 mês. Uma rocha que já depois dos 90 anos teve a triste missão de se despedir de 3 filhos e uma neta. Um exemplo de integridade, honestidade e de certeza que a vida vale muito a pena, e até ao fim com uma lucidez assustadora para alguém com tantos anos. OBRIGADA Rita.

  17. Lindo demais uma senhora brilhante fascinante ! Muitos parabéns muita saúde muitas felicidades já vividas obrigada Rita pela partila beijinhos de South Africa ?? Cuidem -se ??

  18. Parabéns para a avó Marieta, eu como essa Sra , sou de Montemor-o-Novo. Que vida fascinante deve ter tido , que histórias imensas deve ter contado .
    Beijinhos para a avó e para a Rita , que sejam felizes ??

  19. Não há palavras! Tão bonito. Tanto amor neste texto. Parabéns Ritinha, não é possível parar de ler a história de vida da avó Marieta.
    Parabéns pelos 101 anos de uma vida tão cheia.

  20. Rita, a minha avó, com 78 anos feitos no mês da revolução, é também um pilar na minha vida. A minha bússola.
    O texto que acabei de ler é comovente, espero um dia, conseguir fazer uma homenagem tão bonita à minha avó/mãe.
    À mulher que me criou desde o meu primeiro suspiro neste mundo.

  21. Parabéns á avózinha, obrigada pela partilha e homenagem! Muito emocionante, também eu tive avós assim, uma avó memorável, que para sempre faz parte de mim e do meu filho. Beijinho Rita

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