10ª edição do Baile do Ser para Ter

O primeiro dia foi em outubro há 10 anos, impulsionado pelo objetivo de estreitar relações e aumentar a interação e proximidade de uma comunidade global.

Desde então tem-se assistido ao reforço do “ter” em detrimento do “ser” que tem sido cuidadosamente perpetuado pela convicção de não ter de ter o [imprescindível] respeito pelo ser.

Desejamos e queremos pertencer, fazer parte. Preparamo-nos para o baile onde observamos e somos observados. Abrimos portas e janelas como quem está disposto a dar e receber. Por elas convidamos e permitimos que adentre a luz do exterior e se junte à nossa.

Dessa fusão têm resultado convívios distintos e quase antagónicos, ainda que num mesmo espaço e aparentemente sob uma mesma intenção [estar presentes; fazer parte; estreitar relações; partilhar]…

Numas, tem-se sentido vibração e animação. Vemos um salão quase despido, leve e arejado, com amplitude propicia à soma de diferentes perspetivas. Onde o som dos brindes são a música e se mantêm no mesmo ritmo, independentemente das opiniões. Com espaço para partilha de experiências, às vezes afeto que resulta no desenvolvimento de finais felizes. Em que se respira liberdade e se somam brilhos numa hospitalidade naturalmente inerente ao conceito de “simplesmente” ser e permitir que se seja.

Noutras, tem-se visto pairar uma espécie de tensão latejante. Em que se escolhe revestir grande parte do salão num sem fim de manuais, pressupostos e panfletos de rigidez, o que tem escondido e inibido a sua luz natural, aparentando um ar frio, sombrio e, no fim das contas, encolhido. Onde se ouve o vazio do ambiente em suspenso que tem reage provocadoramente a qualquer brinde fora da sua pauta. Em que se toca um ritmo envolto em agudos de hostilidade, recorrentemente existentes nesta escolha de decoração e perduração.

Para maior sucesso de futuras edições e, especialmente, dos seus participantes, neste ano em que comemoramos o 10º aniversário do Baile do “Ser para Ter”, reforçamos o seu propósito e gentilmente pedimos a todos os participantes que adequem o selfcode que melhor julguem representa-los de acordo com o mote abaixo:

Liberdade/Respeito/Amorosidade/Compaixão/Empatia/Proximidade/Gentileza/Aprendizagem

Aviso de conexão: quem não se enquadrar no selfcode conforme o indicado não verá o seu acesso impedido ao baile, desde que disposto à seguinte solicitação: no check-in ser-lhe-á entregue um espelho correspondente à sua altura que deverá carregar à sua frente durante a sua presença na cerimónia.

Quem vai de amor sem carregar espelho em 2021?

Nota sobre a autora:

O meu nome é Sílvia Fernandes. Sou uma sonhadora. Adoro aprender. Adepta do amor, especialmente do amor-próprio que acredito despoletar todas as outras formas de amor. Sou fã de quem se propõe evoluir e dar mais de si através de quem é e do que faz.

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